quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O Sequestro



Introdução
Pensamento Do Autor


Sequestro


A palavra sequestro pode ter vários significados, dentre os quais eu destaco:

* O ato de privar uma pessoa ilicitamente da sua liberdade, mantendo-a em local do qual ela não possa sair livremente.

*Também é usada a palavra sequestro quando se refere a um bem, trata-se do ato de apreender ou depositar um ou mais bens, sobre os quais pese litígio, como forma de garantir que sejam entregues, no final de um processo, a quem lhes seja destinado por direito.

* No texto estou analisando a palavra sequestro com o significado mais conhecido, o que é de sequestro de pessoas.


Clausura ou detenção ilegal de alguém, privando-o da sua liberdade contra a sua vontade. Sob coação com uma arma.
(consiste na ação de coagir, ou seja, forçar alguém a fazer algo contra a sua vontade.
Do ponto de vista jurídico, o crime de coação é caracterizado como o ato de agir com pressão ou violência (física ou verbal) perante outra pessoa, com o propósito de obter algo contra a vontade desta).
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1° Capítulo


O “mundo do crime” e a “lei do Beco”: eram aspectos simbólicos da violência de gangues na região metropolitana de Napoles
As delegacias das cidades vizinhas tendo como cabeça a sede da (NOCS)
Se reuniram com o objetivo de discutir as dimensões que perpassavam as práticas da violência entre grupos de jovens delinquentes que atuavam nós Guetos e bairros pobres das periferias da região metropolitana de Nápoles que era a terceira cidade mais populosa da Itália.
A reunião tentava por meio das categorias nativas do “mundo do crime” e da “lei do Gueto”, que eram estruturas que simbolizavam fortemente nas narrativas dos adolescentes e jovens membros das gangues.

As autoridades militares pretendiam compreender melhor o universo moral e normativo que sustentava os episódios de violência e conflitos armados, travados entre tais grupos. Analisando com base em material qualitativo, obtido entre os anos de 2015 e 2019, a partir da realização de 40 entrevistas em profundidade com adolescentes e jovens que possuíam trajetória de envolvimento com dinâmicas criminais como tráfico de drogas e homicídios, praticados enquanto membros de grupos criminosos armados, que atuavam nos Guetos.
Um levantamento feito apontou que 61% das delegacias estavam superlotadas. Os dados foram coletados dentro do Monitor da Violência.
Conforme os dados, a comuna tinha atualmente 11 mil presos nas delegacias, sendo que a capacidade era para 6,8 mil detentos.
Os presídios também estavam acima da capacidade.
Segundo o coordenador do Núcleo de Política Criminal e Execução Penal da Defensoria Pública da Cidade de Nápoles a questão da superlotação nas delegacias do estado era um problema antigo.
Discussão sobre o assunto:
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- “É importante destacar que a custódia de presos em delegacias é ilegal, pois não são estabelecimentos penais e não se respeita qualquer das diretrizes nacionais e internacionais sobre o tema”.

Afirmou. O chefe da investigação Dr. Tardelli e continuou:

- “Não podemos ignorar que se prende muito na cidade, sobretudo, por tráfico de drogas e crimes patrimoniais. O "Beco" tem um índice altíssimo de presos, superior à média nacional, que já é bastante. Conjugado a isso, a velocidade de geração de vagas, através da construção de unidades prisionais, é muito mais lenta que o aumento do número de presos”.

O Capitão Francesco da delegacia de Sant Genaro retrucou:.
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- "Se não há vagas suficientes, é preciso verificar quem pode sair e deixar as vagas para os casos mais graves. Seguir como estamos é uma irresponsabilidade”.

A manutenção dos presos nas delegacias, gerava muitos problemas, de acordo com o Capitão Francesco. A Polícia Civil era um órgão de atendimento ao público e as investigacão de crimes e eram prejudicadas.
As pessoas que residiam perto ficam vulneráveis a fugas e conflitos. Os próprios presos eram submetidos a condicões de custódia vergonhosas. A reunião teve 200 h de duração com algumas ideias aproveitáveis.
E Dr. Tardelli finalizou:
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- "Vamos nós empenhar fazendo o possível para conquistarmos nossas ideias perante a câmara. Não há sentido em se prender tantas pessoas em presídios por crimes não violentos, deixando assim as delegacias sobrecarregadas. Enquanto isso, investimos pouco em investigação e crimes mais graves, como homicídios, por exemplo, que acabam não sendo sequer elucidados! Sejamos perseverantes para salvar nossa Polícia que está desacreditada! Passem todos bem! Que Deus abençoe suas famílias e amigos”.

Finalizou Dr. Tardelli. E quando ele estava se despedindo o celular tocou, ele pediu licença e foi atender. Tallis que o estava esperando na ante-sala percebeu que o Dr. ficou livido ao perguntar:

- Como você tem o meu número particular.

Depois ficou calado apenas balançando a cabeça afirmativamente. Chamou Tallis e saíram rápido.

- O que foi Senhor?

Perguntou Tallis e O Capitão respondeu acendendo uma cigarro.

- O "Justiceiro Mascarado prendeu na rodovia Hermenelli um ladrão que havia acabado de roubar um carro de uma mulher no bairro Santa Lúcia. Ele ainda tentou fugir, mas parece que o "Justiceiro Mascarado" atingiu os pneus com alguma coisa e ele acabou rodando com o veículo na pista. Ele disse que comunicaram a PS pelo telefone e rapidamente várias viaturas passaram a procurar o criminoso pela placa denunciada – inclusive viaturas de cidades nas proximidades, para que ele não conseguisse sucesso na fuga.

Tallis ficou calado porquê sabia que esse era um assunto delicado para o Capitão.
Na rodovia os PMs cabo S. Germano e os soldados Pauline e Ermes avistaram o veículo e chegaram a iniciar perseguição, mas o ladrão estava ganhando terreno. O "Justiceiro Mascarado" vendo que iriam perder o bandido, agiu, ele atirou algumas estrelas ninja nos pneus e o criminoso perdeu o controle e acabou rodando. Os policiais desembarcaram rapidamente da viatura e o renderam para que o ladrão não tivesse a chance de fugir. O ladrão, assim como o veículo foram levados para a delegacia do "Beco", onde a vítima reconheceu o criminoso.
Na delegacia foi ratificada a voz de prisão em flagrante por roubo e ele foi encaminhado ao Centro de triagem de São Genaro ficando à disposição da Justiça.

2° Capítulo

Enquanto isso na casa de Charles Durnning Verônica apareceu na sala vestindo calça e corpete de couro e botas, e depois de dar algumas instruções a secretaria. Chamou Angelli seu guarda-costas e foram saindo, Durnning tentou barra-la perguntando onde ia vestida assim?
Verônica empurrou Charles... Que não esperava, e se estatelou no chão todo desequilibrado. Verônica olhou-o de cima enquanto colocava sua pequena pistola na cintura. "Uma PSS sem silenciador pesado. Com o tamanho de apenas 170 mm".
A pistola PSS usa munições SP-4 de 7,62x41,5 mm. São munições projetadas com tecnologia especial e com um mecanismo bem interessante. Durante o disparo, os gases da pólvora batem no pistão, que empurra a bala para fora do cano. Assim, os gases se mantêm dentro do invólucro, eliminando quase que completamente o ruído do disparo. O carregador tem apenas seis cartuchos, mas é o suficiente para Verônica! Ela precisava apenas de um tiro para eliminar o inimigo.

Enquanto Durnning se levantava do chão Verônica saiu, foi até a garagem pegou seu Lamborghini, um carro superesportivo "Veneno" e saiu sendo seguida por Angelli seu guarda-costa em sua moto.
Atravessaram toda cidade pegando rumo ao interior de Nápoles depois de viajarem por duas horas chegaram a uma estrada de barro que levou mais cinquenta minutos de caminho de poeira até chegarem a uma fazenda com um grande portão do pesado de madeira donde entravam e saiam caminhões baú.
Percorreram mais uns trezentos metros até chegar a casa. Um lugar aconchegante e confortável, com móveis claros e paredes de vidro para ajudar na iluminação e na bela vista que a casa proporcionava, com uma varanda bem espaçosa, ótima para relaxar. Verônica chegou e foi recepcionada pelos criados. Ela perguntou pelo Celeno disseram que estava no milharal. Verônica mandou guardarem sua bagagem, dispensou o guarda-costas dizendo a ele que podia relaxar, pegou a moto do Angelli e foi ao milharal por uma estrada que beirava toda extensa lavoura de milho. Deu algumas voltas até que encontrou Celeno seu engenheiro agrônomo e amigo.

- Olá Verônica! Não te esperava tão cedo.

- Está tudo bem por aqui Celeno?

- Está sim Verônica! Tudo sobre controle!

- E seu hospede?

- Está muito bem! No começo foi bem difícil, mas agora ele está na boa! Está aprendendo muita coisa sobre a lavoura.

- O QUE??

- Isso mesmo querida! E ele está se saindo ótimo aluno.

- Já se lembrou alguma coisa?

- Ainda não! Mas se esforça bastante. Vamos lá em casa que vou te apresentar, a essa hora ele deve estar perto do moinho. Ele gosta daquele lugar.

- Voce tem certeza que foi Charles?

- Só pode ter sido.

- Eu não entendi por quê aqui Celeno!

- Talvez por ser longe da cidade, e o Mist estava muito machucado, pra mim foi uma desova.

- Veio algum médico vê-lo?

- Sim! O Dr. Faustino. Foi ele quem diagnosticou a amnésia total. Cuidou dos ferimentos e hidratou.

- Por que você o chama de Mist se ele estava sem documentos?

- Hahaha! É mistério abreviado.

- Vamos lá então! Monta aí!

Celeno deixou algumas instruções com os empregados montou no carona da moto e rumaram para casa dele.
Antes passaram pelo moinho para ver se o tal
hospede estava por lá.
Chegaram nas proximidades do moinho deixaram a moto e foram a pé. Quando se aproximaram Verônica parou com a mão na boca espantada com a beleza do hospede...
Homem alto, magro, com músculos perfeitos, branco com a pele bronzeada pelo Sol da lavoura, cabelos compridos até altura dos ombros, castanhos claros com cachos naturais, olhos cinzentos predadores, usando um jeans e um blazer um pouco pequeno para ele sem camisa por baixo, com o olhar perdido ao longe.


Celeno o chamou:

- Mist!

Ele teve um sobressalto porque estava distraído e ficou olhando a bela mulher a sua frente que estava sem voz e com a mão na boca. Celeno apresentou:

- Mist essa é minha patroa e amiga Verônica.

= Muito prazer Senhora!

- Prazer Mist! Está se dando bem por aqui?

= Estou sim, Senhora! Celeno é meu amigo também! Ele me encontrou perdido e me acolheu. Está me ajudando a lembrar quem eu sou, para que eu volte a minha vida.

- Não gosta daqui?

= Gosto sim! Mas posso ter família, filhos. Um emprego.

- Não lembra o que te aconteceu?

= Não! Acordei no milharal, todo doído, com sede e com muita dor da cabeça
a sede e a dor me fizeram andar em círculos não sei por quanto tempo, na minha cintura tinha uma faca que eu usei para ir roçar sua plantação... Me desculpa!

- Não! Tudo bem! O milharal tem quilômetros quadrados de extensão, eu imagino seu desespero sem saber onde estava e sem memória.

- Foi quando o encontrei Verônica! Eu tinha esquecido a pasta de anotações na ala 15 e Fui buscar, estava com Remo e Nero e eles o encontraram! Mist estava com cara de louco e tinha uma faca na mão. Eu acertei a cabeça dele com a pasta. Se ele me atacasse os cães o matariam. Eu o deixei na caverna do Léo com água, uns biscoitos e vim te ligar. Ele estava muito ferido e eu ainda tinha batido na cabeça dele.

- Tá bom Celeno! O importante é que ele está vivo não é? Vamos ajudá-lo a se lembrar e depois o levamos ao lugar de direito. Agora vamos comer? Estou faminta.

= Eu preparei uma lasanha! A Senhora gosta!

- Se gosto? Eu amo lasanha!
Como você sabe fazer um prato tão difícil?

= Usando os livros do Celeno

- Então vamos a lasanha.

Os três foram conversando Para casa do Celeno. Mist gostou muito da Verônica! Além de bonita, ela era muito simpática.

3° Capítulo


No dia seguinte ao amanhecer aconteceu um sequestro no Bairro
"Beco"

Durante a manhã, a ponte ficou totalmente interditada, no sentido da cidade de San Genaro a Castellari Já no sentido "Beco", ficou temporariamente bloqueada, para implantação de uma faixa reversível, de acordo com a concessionária.

Houve um sequestro de ônibus.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal do Batalhão da (NOCS) e do Corpo de Bombeiros cercaram o veículo na altura do Vão Central. Viaturas dos bombeiros chegaram ao local por volta das 7h10. o tumulto estava generalizado.
Cerca de 150 mil veículos passavam por dia pela Ponte Dr. Nicodemos Tornari. Nos horários de pico, que eram de 7h as 9h30. Circulavam em torno de 8 mil carros por hora.
O sequestrador estava armado com um 38 e também tinha uma faca e uma arma de choque.
Ele obrigou os passageiros a colocarem gasolina em garrafas pets cortadas ao meio e que já possuiam arames estratégicos, e prende-las no teto do ônibus...

Segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais da (NOCS), Capitão Pauline Tardelli, que foi o responsável pela ação falou aos jornalistas:

Dr Tardelli
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- "As negociações por telefone não avançaram e a psicóloga presente no local identificou um perfil psicótico no sequestrador... O que levou a polícia a iniciar a “negociação tática”. Porquê estava difícil manter a negociação com o sequestrador que alegou que vai se matar, se atirando da ponte, com o refém que ele mantém seguro pelo pescoço e com a arma apontada para a cabeça dele....
O sequestrador entra e saia do ônibus apontando a arma para a cabeça da vítima. O ônibus está engatilhado, com garrafas Pet com gasolina penduradas e ele tem um isqueiro, então a ameaça é real. A negociação passou para tática, comandada por mim.”

O "Jornal Matutino" tambem entrevistou , a esposa de um dos reféns ela falou ao jornal:

Destacou Eliziane Mendes.
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- "Meu marido me avisou do sequestro. (Sempre roubavam carteira e celulares, mas esse tipo de coisa nunca tinha acontecido), Ele saiu para trabalhar 5h30. Quando foi por volta de 6h26 ele me mandou uma mensagem dizendo que o ônibus estava sendo sequestrado por um homem que entrou com uma bolsa grande e armado. Disse que estavam indo para a ponte. A princípio eu pensei que fosse um assalto. Eu levantei, acordei o meu filho e falei pra ele que o pai estava sendo assaltado. Depois vimos pela TV que era um sequestro".

Os passageiros estavam acostumados com assaltos em ônibus, já haviam ocorrido mais de 8.000 assaltos a ônibus naquele trajeto. A maioria dos crimes acontecia nas linhas da região metropolitana.
O Capitão deu ordem para a equipe tática

- “A prioridade absoluta é a proteção dos reféns”.

Após quatro horas de sequestro, o homem que manteve 40 passageiros da linha 2520 (reféns na Ponte Dr Nicodemos Tornari), foi atingido por um franco-atirador (sniper) e parece que morreu na cena do crime.
A (NOCS) confirmou a morte do sequestrador, identificado como Gerson Palmari de 20 anos, e informou que a arma usada por ele era um "simulacro", ou seja, de brinquedo. Não se sabia, ainda, quais foram as motivações para o sequestro.

Final

Por motivo de sigilo no inquérito, O Capitão não revelou quantos atiradores participaram da ação nem quantos disparos foram dados. Entretanto, de longe Dr. Tardelli avistou sobre o prédio um (sniper) de pé
no parapeito com um fuzil nas costas. A princípio, ele pensou ser um dos seus homens, e ficou aborrecido, porque aquela posição era contra as normas. (Um sniper precisava estar incógnita). Mas.... Viu a ponta do lenço que voava lateralmente e entendeu de quem se tratava...
Então, Dr. Tardelli declarou:
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- “Foram disparados os tiros necessários para ele parar. Além da arma que não sabíamos que fosse "simulacro", ele usava nos reféns para fazerem o que ele ordenava, uma "arma de choque”.
Estava causando pânico, o que poderia descontrolar o sequestrador e fazê-lo atirar. Foi o que culminou nos disparos fatais".

"Informou o Capitão Pailine Tardelli em edição estraordinaria ao "Jornal Matutino".

O sequestrador foi levado para o Hospital Central de Nápoles mas não houve informações se ele chegou com vida ou morto à unidade de saúde. Sabíamos apenas o que os policiais afirmaram
A Polícia Civil assumiu a ocorrência e a Delegacia de Homicídios da capital foi a responsável por conduzir o inquérito, que estava em sigilo...

......


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